quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Download: The Beatles - Live In Paris '65

Os 2 shows dos Beatles realizados no dia 20/06/1965 no Palais Des Sports, Paris, França. A qualidade de som alterna entre boa (show da noite) e excelente (show da tarde).

Baixar:

Faixas:
01 I'm A Loser
02 Can't Buy Me Love
03 I Wanna Be Your Man
04 A Hard Day's Night
05 Rock And Roll Music
06 I Feel Fine
07 Ticket To Ride
08 Long Tall Sally
09 Twist & Shout
10 She's A Woman
11 Can't Buy Me Love
12 I'm A Loser
13 I Wanna Be Your Man
14 A Hard Day's Night
15 Baby's In Black
16 Rock And Roll Music
17 Everybody's Trying To Be My Baby
18 Ticket To Ride
19 Long Tall Sally

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Uma narrativa emocionante sobre os últimos dias de George Harrison


Em 2001, o mundo foi forçado a suportar a partida de mais um Beatle. Duas décadas depois de John Lennon, era George Harrison que "despertava desse sonho" (nas palavras da viúva Olivia). Confira um trecho emocionante, que narra os últimos momentos de George, que selecionamos do espetacular livro A Batalha Pela Alma dos Beatles, de  Peter Doggett, lançado em 2009.

Ao longo de 2000, Harrison convalesceu, trabalhou esporadicamente em material para um novo álbum e supervisionou o relançamento do álbum All Things Must Pass. Foi incluído um arranjo retrabalhado de My Sweet Lord, omitindo cuidadosamente todos os elementos que tornaram o compacto original um trabalho tão comercial. Foi um gesto tipicamente intencional, irritante, mas estranhamente admirável, como a própria pessoa do guitarrista. Houve rumores de que os Harrisons sairiam de Friar Park, não obstante a casa em Maui ainda estar sob condições de litígio. Mais surreal foi a sugestão de que Neil Aspinall se aposentaria como diretor executivo da Apple, e Harrison assumiria o cargo – uma opção bizarra para uma celebridade notoriamente reclusa.

Logo transpareceu que não haveria tempo para mudanças, e restava apenas um pequeno e precioso tempo a ser vivido. Em março de 2001, Harrison passou por uma cirurgia para remover um tumor no pulmão. No mês seguinte, ficou sob os cuidados do Instituto de Oncologia do Sul da Suíça, passando uma temporada numa casa à beira de um lago próximo à fronteira com a Itália. Ele se encontrou com Paul McCartney brevemente, em Milão, algumas semanas depois, mas pela maior parte do tempo usufruiu da privacidade que sempre desejara, embora sabendo que a doença lhe sobrepujava pouco a pouco. Se o assassinato de John Lennon foi possivelmente a exposição mais nua e crua dos perigos de ser uma celebridade, os meses finais de Harrison foram, a seu modo, lembretes igualmente cruéis.

Última foto de Paul, Ringo e George juntos

Por uma ironia selvagem, ele, uma das figuras públicas mais relutantes em aceitar sua notoriedade, foi explorado não uma, mas duas vezes, por gente que se preocupou menos com o lado humano do que com a fama. Ele divulgou um comunicado, no início de julho de 2001, declarando que estava ‘se sentindo bem’ e se desculpando por quaisquer preocupações sentidas pelos fãs. Porém, duas semanas depois, o produtor dos Beatles, George Martin, foi amplamente citado como se tivesse virtualmente emitido uma sentença de morte: ‘Ele é um espírito indomável, mas sabe que vai morrer em breve, e está aceitando isso.’ Quando essa declaração apareceu na imprensa, um Martin chocado telefonou a Harrison para pedir desculpas e negar que tivesse feito aqueles comentários. E falou a verdade: suas palavras de fato tinham sido: ‘Ele foi resgatado várias vezes... Acho que ele espera ser resgatado novamente. E acho que vai. Mas ele sabe perfeitamente que há uma chance de não ser’. Este texto foi a seguir distorcido por uma série de editores até se transformar em algo mais sensacional. Harrison insistiu que estava ‘ativo e se sentindo muito bem’, mas a primeira reportagem foi a que ficou na mente das pessoas, mesmo depois de Richard Starkey visitar o amigo e anunciar que Harrison estava ‘bem’.

No início de outubro, Harrison entrou em estúdio pela última vez, para gravar uma canção chamada "Horse to Water" [Cavalo à água] com a banda de Jools Holland. ‘Ele não passou bem no início do ano,’ reconheceu Holland, ‘mas então pareceu muito, muito melhor. Pareceu forte, e sua voz soou realmente forte. Ele vai continuar a melhorar’. Ainda assim, a letra da canção de Harrison soava rude como a voz de um profeta do Velho Testamento confrontando, do leito de morte, os pecados de seu povo. Havia uma estrofe sobre ‘um amigo meu sofrendo tanto’, na qual dificilmente não se via o rosto assombrado de Paul McCartney em luto; outra sobre um alcoólico; uma terceira sobre um ‘pregador’ que ‘me alertou contra Satã’, ficando a inferência de que nenhum desses aparentes heróis conseguira encontrar a paz. Quando os direitos autorais da canção foram registrados, Harrison usou uma nova empresa editora: RIP Ltd, 2001. Foi um golpe final de humor negro.

Duas semanas depois da gravação, a saúde de Harrison declinou acentuadamente. Ciente de que a luta entrava nas semanas finais, ele renunciou ao cargo de diretor da Harrisongs em favor de sua esposa, que logo sucedeu o marido também no conselho da Apple. O câncer seguira um caminho comum, dos pulmões ao cérebro; Harrison ficou dolorosamente magro e sofreu as alucinações provocadas pelos analgésicos mais fortes. Ele cruzou o Atlântico para o período terminal, em busca de um tratamento experimental com radiação na clínica pioneira do Hospital da Universidade de Staten Island. Dali a alguns dias, recebeu uma visita de McCartney. Os dois homens, amigos por mais de 45 anos, mas tantas vezes divididos em consequência da fama, passaram as últimas horas juntos relembrando o passado em comum. ‘Nós rimos e brincamos, como se nada estivesse acontecendo. Fiquei impressionado com a força dele’, recordou McCartney posteriormente.

Uma equipe médica buscou focalizar doses de alta densidade de radiação no tumor cerebral de Harrison, para tentar lhe ganhar alguns meses a mais de vida. Porém, de acordo com uma queixa registrada alguns anos depois, um médico perdeu a compostura e rendeu-se aos apelos da fama de Harrison. Segundo declarou Olivia Harrison, em 2004, o médico levou seus filhos até a casa alugada pelos Harrisons, ‘onde [George] estava de cama e passava por grandes desconfortos’. Lá, o médico fez Harrison ouvir o filho tocar guitarra, e depois pediu-lhe que autografasse o instrumento do garoto. O debilitado músico recusou: ‘Eu nem sei se consigo mais soletrar meu nome’, disse ele. O médico teria dito: ‘Vamos lá, você consegue’, colocando uma caneta na mão de Harrison e ajudando-o a rabiscar o nome na guitarra.

Harrison abandonou o tratamento e voou para Los Angeles, para sessões mais convencionais de radioterapia. Durante o voo, ele estava tão fraco que quase morreu, mas agarrou-se à vida por mais duas semanas. Em 28 de novembro, no entanto, era óbvio que estava perto da morte, e seu velho amigo Ravi Shankar viajou a Los Angeles para visitá-lo. A filha de Shankar, Anoushka, recordou: ‘[George] tinha um olhar que eu nunca tinha visto antes, tão cheio de amor e paz. Ele não podia mais dizer nada com os lábios, mas seus olhos falavam por ele. Aquela casa estava tão cheia de amor’.

George e Olivia Harrison
No dia seguinte, George Harrison morreu às 13h30, na presença da esposa, do filho e de amigos devotos de Krishna. ‘George aspirava a deixar seu corpo de maneira consciente, essa era uma das metas da sua vida’, recordou a esposa. Seu amigo Mukanda Goswami disse simplesmente: ‘Ele era uma pessoa muito espiritual, que não tinha medo de morrer’. Partiu com o perfume do incenso nas narinas, enquanto os amigos cantavam louvores a Krishna. Seu corpo foi coberto com uma manta de seda amarela, e ungido com pétalas de rosas e água benta. A causa oficial da morte foi menos poética: ‘câncer metastático nas células do pulmão’ acompanhado de ‘carcinoma nas células escamosas da cabeça e do pescoço’.

Não houve nada semelhante ao choque gerado pela morte de Lennon 21 anos antes; apenas um profundo pesar por este homem complexo e determinado ter morrido com 58 anos de idade. Seu filho Dhani descreveu a natureza espiritual de Harrison: ‘Não havia nenhuma urgência para ele. Ocasionalmente ele ficava motivado, mas não porque sentisse que ia morrer. Ele nunca se sentou e sentiu pena de si mesmo. Não tinha mais nem medos nem preocupações quando morreu’. Harrison faria falta, disse Richard Starkey, por seu humor e generosidade de espírito. Paul McCartney, que ainda se lembrava de como uma única palavra mal colocada lhe causara problemas quando da morte de Lennon, pronunciou um tributo cuidadoso, mas sincero: ‘Estou arrasado e muito, muito triste. Ele era um cara adorável e um homem muito corajoso, e tinha um maravilhoso senso de humor. Ele é realmente o meu irmão caçula’. O corpo de Harrison foi cremado, e sua família levou as cinzas para Varanasi, na Índia, onde as águas sagradas do Ganges, do Yamuna e do Saraswati se encontram. Olivia Harrison proferiu um réquiem adequadamente espiritual: ‘Estamos profundamente tocados pelo extravasamento de amor e compaixão das pessoas ao redor do mundo. A beleza profunda do momento da passagem de George – de seu despertar deste sonho – não foi surpresa para aqueles de nós que sabiam como ele desejava estar com Deus. Nesta busca, ele foi incansável’. Numa repetição bizarra das repercussões após a morte de Linda McCartney, a mídia atentou para as discrepâncias na certidão de óbito de Harrison – criando um mistério de cinco dias que só foi resolvido ao revelarem o local verdadeiro do falecimento, uma casa nas colinas de Hollywood, arrendada por Paul McCartney (A certidão citava como lar de Harrison um endereço em Lugano, na Suíça, presumivelmente para efeitos fiscais).

Em janeiro de 2002, My Sweet Lord foi o compacto mais vendido na Grã-Bretanha, e Olivia Harrison preparou uma ação judicial contra um membro mais afastado da família, acusado de roubar pertences do marido e vendê-los no dia seguinte à morte dele. Em julho, ela realizou uma celebração particular da vida do músico, em Friar Park, com a presença de McCartney, Starkey e George Martin. E em 29 de novembro de 2002 – ‘fazendo um ano hoje’, como diziam os cartazes – ela organizou o Concerto Para George, no Royal Albert Hall, onde muitos dos amigos mais próximos apareceram para prestar-lhe uma homenagem musical. Dhani Harrison, arrepiantemente parecendo uma reencarnação do pai, como este era em 1963, permaneceu no palco durante todo o concerto.

Como confessou Eric Clapton, George Harrison provavelmente teria dito algo como: ‘Muito obrigado, mas eu realmente não queria isso’. Clapton acrescentou ironicamente que Harrison ‘colocaria um pouco de água no ponche... Ele podia ficar bastante contrariado’. Mas o Harrison a ser celebrado era o buscador espiritual, o mestre de sutis mudanças melódicas e profundo lirismo pessoal. Ambos os Beatles sobreviventes estavam lá. Starkey, quase roubando a cena no evento: ‘Eu amava George; George me amava’, declarou ele, cheio de confiança. Por seu turno, McCartney aparentava hesitação, e quase constrangimento – talvez intimidado por estar em companhia dos aliados mais próximos de Harrison. Ansioso para que não pensassem que buscava os holofotes, ele se apresentou com uma discrição não característica, embora com emoção claramente visível. Mas não seria difícil imaginar o cinismo de Harrison, quando McCartney conduziu a banda numa interpretação intensa de "All Things Must Pass" – uma das canções que os outros Beatles se recusaram a levar a sério em janeiro de 1969.

Sendo naturalmente uma ocasião comovente, o concerto apenas representou uma parte da personalidade de Harrison. ‘George era o homem mais engraçado que eu já conheci’, declarou sua viúva. ‘Quando ele morreu, foi como um “ah, acabou a festa”’. Com um humor astuto que seu marido teria saboreado, ela recordou: ‘Ele não tolerava nenhuma rabugise que não fosse a dele mesmo’. Nos anos seguintes, ela e Dhani supervisionariam os relançamentos dos álbuns de Harrison, e Dhani lançou sua própria carreira musical, além de assumir a função muito necessária de estabelecer conexões entre a Apple e o público do século XXI. ‘A descrição do meu trabalho é ser um entusiasta’, disse ele, aos 30 anos de idade, em 2009.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Ringo Starr quer saber quem está por trás do documentário Peace & Love

Ringo Starr, através da sua assessoria de imprensa, informou que o documentário Peace & Love: The Life & Times of Ringo Starr não tem nenhuma ligação direta com seus empreendimentos artísticos. Portanto, trata-se de um trabalho não-oficial.

Na semana passada, um trailer muito bem produzido, anunciando o filme, foi postado no Youtube, através de um canal homônimo, criado especialmente para a divulgação. No entanto, apesar de linkar o site oficial do baterista (www.ringostarr.com), não havia lá no site nenhuma referência ao mesmo. Também nãio há nenhuma menção ao trabalho em sites especializados, provocando dúvidas sobre se o projeto é mesmo real ou apenas um trailer fake.


Por sinal, Ringo Starr é o tema de mais dois lançamentos, igualmente não-oficiais: o CD Ringo Starr Greatest Hits, disponível para venda no eBay e na Amazon, além do livro Ringo: With a Little Help, de Michael Seth Starr, uma biografia publicada em 2015.

Oficiais o não, esperamos que todos esses lançamentos ganhem edições nacionais, e sejam acompanhados de muitos outros, uma vez que Ringo Starr é o beatle menos prestigiado nesse tipo de lançamento, embora esteja trabalhando com força total, com sua All Starrs Band.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Vem aí um documentário sobre Ringo Starr! Veja o trailer


Agora sim! Finalmente vai ser lançado um documentário sobre o mais icônico, famoso, lindo, perfeito e amado baterista de todos os tempos! PEACE & LOVE - The Live & Times of Ringo Starr teve seu primeiro trailer oficial lançado hoje. Não foram anunciados detalhes, produtores ou diretores - nem mesmo uma data. Mas o trailer é belíssimo e animador. Depois de termos inúmeros documentários sobre os Beatles, além de John Lennon, Paul McCartney e George Harrison, nada mais justo que esse trabalho sobre Richard Starkey.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Que tal comprar esse lindo poster autografado dos Beatles?

Uma espécie de “filé” do colecionismo roqueiro será leiloado nesse fim de semana. A empresa Stacey’s Auctioneers, de Rayleigh, UK, pretende vender um pôster com autógrafos autenticados de John, Paul, George e Ringo em maio de 1963, após um evento dos Beatles no Odeon, em Southend. O lance inicial será de 500 libras, mas o preço da venda provavelmente será astronômico, a julgar pela preciosidade.

O pôster fará parte de uma série de leilões chamada “Rock & Retro”, que além dele, também incluirá um flexi disc “Another Christmas Record”, um cartão postal assinado pela Tia Mimi, após a morte de Julia, mãe de John, além de um outro cartão assinado pela mãe de George Harrison. A casa pretende colocar à venda outros itens autografados, embora não tenha dado detalhes ainda.

Na mesma sessão serão oferecidos itens autografados por Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jeff Beck e David Gilmour.

sábado, 19 de novembro de 2016

Paul McCartney agora vende jóias!

Uma novidade interessante: na loja virtual do site oficial de Paul McCartney há uma aba de venda de jóias! Isso mesmo, nosso beatle agora vende pingentes de prata lindíssimos. No momento são quatro modelos, em 3 formatos diferentes, com preços que variam de 115 a 137 euros. Sem dúvida, belíssimos objetos colecionáveis, pois até as caixinhas são lindas. Na loja virtual também há venda de acessórios, como roupas, CDs, quebra-cabeças etc. Visite: http://paulmccartney.shop.livenation.com/dept/jewellery?cp=61500_83505

Série infantil The Beat Bugs chega à segunda temporada


A Netflix acaba de disponibilizar a segunda temporada da série infantil The Beat Bugs. Trata-se de um belíssimo desenho infantil sobre o dia a dia de um grupo de insetos que vivem no terreno de uma casa em Penny Lane e vivem aventuras temáticas inspiradas nas músicas dos Beatles.  Cada episódio apresenta duas músicas. Imperdível para os Beatlemaníacos, principalmente os que tem crianças em casa. 

Confira a relação dos 13 episódios da segunda temporada:
T2E01 - Yellow Submarine/I Call Your Name
T2E02 - With a Little Help From My Friends/Get Back
T2E03 - Mr. Moonlight/There’s a Place
T2E04 - We Can Work It Out/Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
T2E05 - Christmas Time Is Here Again/Drive My Car
T2E06 - Tomorrow Never Knows/Nowhere Man
T2E07 - Strawberry Fields Forever/The Fool On The Hill
T2E08 - And Your Bird Can Sing/I’ll Follow The Sun
T2E09 - Hello Goodbye/Got To Get You Into My Life
T2E10 - Eleanor Rigby/I’m So Tired
T2E11 - Hey Bulldog/I’m Happy Just To Dance With You
T2E12 - It Won’t Be Long/Anytime At All
T2E13 - Please Mr. Postman/Across The Universe

Carta irada de Lennon para McCartney vai a leilão


Uma carta de John Lennon para Paul McCartney que vazou na web nesta semana mostra o quanto o fim dos Beatles deixou os dois compositores principais irritados. A carta estava em posse de um colecionador e vai a leilão nesta quinta (17), com lances iniciais de US$ 20 mil.

Trata-se de um valioso documento, mostrando o quanto John Lennon ficou estressado e irado com Paul McCartney. Na carta de duas páginas, assinada pelo casal John e Yoko Ono e direcionada a Paul e Linda, o ex-beatle responde a uma outra carta enviada por Paul. Ele xinga os companheiros de banda – que não apoiaram seu relacionamento com Yoko – e se mostra irritado com a postura de Linda McCartney, que condenava a maneira como John estava lidando com o fim da banda na imprensa.
Leia a íntegra da carta:

“Caros Linda e Paul,

Estava lendo a carta de vocês e pensando que tipo de fã de meia idade e destemperado dos Beatles a escreveu. Resisti a olhar na última página para descobrir – ficava pensando quem seria – Queenie? A mãe do Stuart? – A esposa de Clive Epstein? – Alan Williams? – Quem diabos – é Linda!

Você realmente acha que a imprensa está por baixo de mim/vocês? Você acha isso? Quem vocês pensam que nós/vocês são? A parte sobre o ”auto-indulgente não percebe quem está ferindo” – espero que vocês percebam o quanto de merda que vocês e o resto de meus amigos ”bondosos e não egoístas” despejaram em mim e em Yoko, desde que estamos juntos. Algumas vezes pode ter sido um pouco sutil ou deveria dizer ”classe média” – mas não com frequência. Nós dois ”passamos por cima disso” uma porção de vezes – e perdoamos vocês dois – então é o mínimo que vocês podem fazer por nós – vocês tão nobres. Linda – se você não se importa que eu diga – cala a boca! – deixe que Paul escreva – ou como queira.

Quando perguntado sobre o que eu achava originalmente do MBE, etc. – eu disse a eles o melhor que eu conseguia me lembrar – e eu me lembro mesmo de certo embaraço – você não, Paul? – ou você – como eu suspeito – ainda acredita em tudo isso? Eu posso perdoar Paul por encorajar os Beatles – se ele me perdoar pelo mesmo – por ter sido – ”honesto comigo e ter se preocupado demais”! Que diabos, Linda, você não escreve para o livro Beatle!!!

Eu não me envergonho dos Beatles – (eu comecei isso tudo) – mas sim de algumas merdas que a gente engoliu para fazer deles tão grandes – eu pensava que todos nós sentíssemos assim em diferentes graus – obviamente não.

Você realmente pensa que a maioria da arte de hoje só existe por causa dos Beatles? – Eu não acredito que você seja tão insano – Paul – você acredita nisso? Quando parar de acreditar talvez você acorde! Nós não dizíamos sempre que éramos parte de um movimento – não o todo dele? – Claro, nós mudamos o mundo – mas tente acompanhar – DESÇA DO SEU DISCO DE OURO E VOE!

Não me venha com esse papo de tia velha de que ”em cinco anos vou olhar para trás como uma pessoa diferente” – você não percebe que isso está acontecendo AGORA! – Se eu soubesse ENTÃO o que eu sei AGORA – você parece ter perdido o ponto…

Me desculpem se eu usar ”espaço dos Beatles” para falar sobre o que eu quiser – obviamente se eles continuarem a fazer questões de Beatles – eu vou respondê-las – e vou conseguir tanto espaço de John e Yoko quanto eu puder – se me perguntam sobre Paul eu respondo – eu sei que parte disso acaba indo para o pessoal – mas, acreditem vocês ou não, eu tento responder objetivamente – e as partes que eles usam são obviamente as mais saborosas – eu não tenho mágoas do seu marido – eu sinto por ele. Eu sei que os Beatles são ”pessoas muito gente boa” – eu sou um deles – eles também são grandes bastardos como todo mundo é – então desça do seu cavalo alto! – a propósito – nós temos conquistado mais interesse inteligente em nossas novas atividades em um ano do que tivemos em toda a era Beatle.

Finalmente, sobre não contar a ninguém que eu deixei os Beatles – PAUL e Klein passaram o dia me convencendo que era melhor não falar nada – pedindo a mim para não dizer nada porque iria ”ferir os Beatles” – e ”vamos apenas deixar assentar” [let it petre out] – se lembra? Então coloque isso na sua pequenina mente pervertida, Sra. McCartney – os c**ões me pediram para manter silêncio sobre isso. Claro, o lado do dinheiro é importante – para todos nós – especialmente depois de toda a merda provocada por sua família/parentes insanos – e DEUS TE AJUDE A SAIR DESSA, PAUL – vejo você em dois anos – imagino que você terá saído até lá –

apesar de tudo,

com amor para vocês dois,

de nós dois

P.S. sobre endereçar a carta de vocês só para mim – AINDA…!!!”

Paul McCartney adere ao The Mannequin Challenge

Sempre antenado com os acontecimentos que movimentam o mundo da música pop, Paul McCartney se tornou mais um a aderir ao The Mannequin Challenge, um novo viral da internet, seguindo a linha dos já realizados Ice Bucket Challenge e o Harlem Shake.

Agora o desafio foi a ação de se filmar, enquanto permanece imóvel, como se fosse um manequim de loja. Assim como vários outros astros da música, Paul participou e escolheu a música “Black Beatles”, da dupla de hip-hop Rae Sremmurd, como trilha sonora.

Carta de John Lennon à Rainha encontrada 47 anos depois

Quando os Beatles foram condecorados pela rainha Isabel II, em 26 de outubro de 1965, John Lennon aceitou a medalha ainda que, ao contrário dos colegas Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison, não se mostrasse muito entusiasmado.

Quatro anos depois, já casado com Yoko Ono e fora do grupo, escreveu uma carta à rainha a explicar porque é que queria devolver a medalha. E foi essa carta original, perdida este tempo todo, que foi agora encontrada. ‘Apenas’ 47 anos depois de tudo acontecer.

“Sua Majestade. Estou a devolver esta MBE em protesto contra a intervenção britânica no Nigéria-Biafra [guerra], contra o nosso apoio à América no Vietname e contra o ‘Cold Turkey’ [disco que Lennon lançou] que tem caído nos charts”, lê-se na carta. O papel estava guardado dentro de um disco, por isso se crê que nunca chegou às mãos da soberana, e agora crê-se que valha 70 mil euros.

O disco pertencia a um anónimo que o tinha comprado numa venda de garagem 20 anos antes, por apenas dez libras. E só encontrou a missiva quando fazia uma limpeza no seu sótão. A carta foi exibida numa convenção de lembranças dos Beatles, esta semana, em Liverpool.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Hospede-se num hotel inspirado no Yellow Submarine

A canção Yellow Submarine dos Beatles foi gravada em 1966 e, desde então se tornou um marco no mundo da música e inspirou outras obras, como um filme que foi baseado nesta e em diversas outras canções da banda inglesa. Mas você já imaginou se hospedar em uma réplica do submarino mais conhecido de todos os tempos?

Por apenas R$ 255 a diária, é possível aproveitar a estrutura que foi toda inspirada, decorada e construída com o intuito de se parecer com a embarcação da música dos Beatles. O barco está ancorado na cidade natal dos músicos, ou seja em Liverpool, no Reino Unido.

Caso os visitantes precisem, é possível solicitar um capitão para guiá-los pelos canais da cidade. A embarcação ainda conta com três discos de ouro que os Beatles ganharam durante a carreira.

A decoração do barco conta com itens vindo de Paris, na França, Itália e Nova York, nos Estados Unidos. A embarcação ainda conta com um quarto de casal, um de solteiro e um sofá cama, itens essenciais do dia a dia e wifi gratuito fazem parte. O local pode hospedar até seis pessoas, com o número mínimo de reservas sendo de um dia.

Além disso, o barco está ancorado próximo ao The Beatle Story, museu na cidade que conta a história da banda e é parada certa para os que visitam a cidade e são fãs dos meninos de Liverpool.

Caso os visitantes queiram, a empresa também pode buscá-los no aeroporto de Liverpool em um Rolls Royce Phantoms ou Hummer Limos por 65 libras, já saídas do aeroporto de Manchester custam 95 libras. A reserva do yellow submarine pode ser feita aqui.
Fonte: Panrotas

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Entrevista com o Paul McCartney em 1987


"VAMOS CONVERSAR"
(Introdução)
Quando cheguei a Icklesham, Paul McCartney tinha acabado mais um dia de ensaios. Os músicos relaxavam no exterior, jogando à bola no magnífico conjunto dos estúdios que incluem um moinho de vento em madeira e uma vivenda de habitação, cuja fotografias inéditas publicamos nestas páginas.

Linda McCartney já tinha abandonado o local num Mini dos anos 60, sozinha, em direcção a casa para preparar o jantar. Antes da minha vez, Paul ainda ia dar uma entrevista ao mais importante canal de televisão de Los Angeles.

Aproveitei o tempo de espera para falar com Hamish Stuart, antigo guitarrista da Average White Band, agora ao serviço do ex-Beatle. Confidenciou-me que, ao contrário do que muita gente pensa, é muito fácil trabalhar com McCartney. "É até bem divertido!".

A meio da conversa, chega um jovem de fato branco, cruz na orelha, alegre e bem disposto. Toda a gente o conhece e com toda a gente fala sempre com ar divertido e brincalhão. É Brian Clark, autor da capa de "Tug Of War" e também de "Flowers In The Dirt". Descobre que sou português e já não me larga. No dia seguinte, partia para Lisboa para passar uns dias de repouso no Estoril, em mansão de ingleses.   Fala-me longamente da Fundação Gulkbenkian onde, segundo é sua opinião, existe o "melhor Museu da Europa". "E olhe que eu conheço todos!". "Sabe uma coisa?", atira-me entusiasmado. "Concretizei o meu sonho de sempre! Na próxima Primavera, vou expor na Gulbenkian". Soube mais tarde, já em Lisboa, que Brian Clark não é um pintor qualquer. Tem obras espalhadas por todo o Mundo, dos Estados Unidos ao Japão, e trabalhos expostos em museus de prestígio, como o de Leninegrado.

Continuo à espera. De repente, a porta do estúdio abre-se. Paul McCartney reconhe-me: "Luís, anda, vamos conversar!". Ofereço-lhe uma garrafa de vinho do Porto e um CD de Carlos Paredes. Depois de contar as cordas da guitarra portuguesa, pergunta-me se é dia de Natal.

A entrevista decorreu num gabinete dos estúdios decorado com fotografias artísticas da autoria de Linda McCartney.   Durante uma hora e meia, Paul falou abertamente e respondeu-me a tudo o que eu queria. Sem a menor relutância, com o maior dos entusiasmos.

Luís Pinheiro de Almeida

A ENTREVISTA
Após a separação dos Beatles no dia 10 de Abril de 1970, Paul McCartney encetou uma carreira a solo que conhece ainda nos tempos de hoje dias de glória. Apesar de ter sido o Beatle com mais e maiores ligações a Portugal, só no dia 09 de Dezembro de 1987 concedeu a sua primeira entrevista a um jornalista português, a propósito do lançamento de uma sua colectânea de êxitos, intitulada "All The Best", expressão que os ingleses utilizam no fim das suas cartas para os amigos.

A entrevista, feita pelo autor, decorreu na Stone House, Rushlake Green (Heathfiled), em East Sussex, na Grã-Bretanha, e teve como principal destinatário o programa da RTP, "ViváMúsica", de Jorge Pego. A conversa com Paul McCartney decorreu no intervalo de uma sessão do ex-Beatle com a imprensa italiana e deveu-se a insistências da EMI portuguesa, dirigida por David Ferreira.

A entrevista, curta, revelou-se extremamente fácil. McCartney possui um raro poder de comunicabilidade, um sentido de humor tipicamente britânico, um invulgar respeito pelos fãs, uma autêntica e permanente atitude de reverência. Na altura tinha 45 anos. "A juventude e as canções estão na cabeça, não no corpo ou nos computadores", justifica.

Nas horas que antecederam a entrevista e enquanto Paul McCartney satisfazia os seus compromissos para com os media italianos, houve oportunidade de alguns pequenos encontros, durante os quais, sem a presença da câmara de televisão, o ex-Beatle se permitia ser mais íntimo, ao ponto de pretender para si um disco flexível de Natal dos Beatles, raro, que lhe apresentei para mo autografar. A capa do disco é mesmo um desenho seu.

"Tu tens isto? Eu não! Tens de mo dar!".

Um jovem jornalista italiano, antes de iniciar a sua entrevista, explicou a Paul McCartney que os Beatles tinham mudado por completo a vida da sua mãe há duas décadas atrás. No final da entrevista, McCartney perguntou o nome da mãe, pediu papel e caneta e escreveu uma mensagem. A entrevista que se segue foi publicada pelo semanário de espectáculo "Sete" no dia 30 de Dezembro de 1987.

Há alguns anos atrás costumava ir a Portugal. É verdade que tem uma casa no Algarve?
Não, não tenho lá casa. Costumava ficar com uns amigos. É um país muito bonito, gosto muito de Portugal.

Lembra-se de uma canção que escreveu para um grupo português chamada "Penina"? Ainda se lembra dela?
Bem, não me lembro exactamente como era a canção. Uma noite saí e voltei tarde. Provavelmente, já estava um bocado bêbado. Entrei no Hotel Penina, um hotel muito grande que ainda estava a ser construído e o grupo que lá estava pediu-me para tocar com eles. Sentei-me à bateria e começámos a cantar "Penina" que eu depois escrevi e lhes dei.

Ainda se consegue lembrar de todas as canções que já escreveu?
Da maior parte delas, não. Não me lembro das letras. Se tivesse de as cantar de novo, teria de as aprender outra vez, porque ainda são bastantes.

Não quer cantar agora uma?
Bem, há uma "cançãozita" que escrevi em 1943 e que é assim: "o sole mio..."

O seu último single, "Once Upon A Long Ago" tem alguma coisa a ver com a canção "When We Was Fab", de George Harrison?
Por ser nostálgico? Sim, Mas George escreveu "When We Was Fab" ao estilo dos Beatles, com um som dos anos 60. A minha soa mais a anos 80.

Por falar em George Harrison, gosta do seu último álbum, "Cloud Nine"?
 Sim, acho que é bom, tem algumas faixas boas. Gosto mais do lado 1.

De que faixas?
De que faixas? Acho que é "Just For Today", uma faixa lenta. Gosto dessa e do single "Got My Mind Set On You".

Que é dos anos 50!
Sim, de James Ray.

Por falar em Beatles, fez agora sete anos que John Lennon foi assassinado. Sente a sua falta, na composição, por exemplo?
Sim, muito. Quando já se escreveu com alguém tão bom como John... John é impossível de substituir. Começámos a escrever ao mesmo tempo, ainda muito novos, tornámo-nos famosos juntos e fizémos carreira ao mesmo tempo. Ele é impossível de substituir, uma pessoa com tanto talento...

Sim, mas agora está a compôr com Elvis Costello...
Bem, não é a mesma coisa, porque John é John, é único. Elvis Costello, com quem tenho escrito ultimamente, é um pouco parecido. Acho que foi influenciado pelo trabalho de John, por isso gosto de escrever com ele. Faz-me lembrar um pouco os tempos em que escrevia com John. Às vezes, até brincamos com isso e eu digo a Elvis para não se "armar" tanto em John...

Está a trabalhar nalgum álbum novo?
Sim, estou a escrever canções novas.

Já acabou alguma?
Já acabei nove com Elvis...

Todas para o próximo álbum?
Nunca se sabe. Se saírem mal, não vão. Só as boas. Nunca se sabe quais é que ficam boas depois de gravadas. Às vezes, quando se compõe uma canção, ela parece boa, mas depois o resultado final não é tão bom como isso. Por isso, logo se verá. Também estou a escrever sozinho e já gravei umas coisas com Trevor Horn.

E Johnny Marr?
Não. Johnny Marr era dos Smiths e saiu. Há tempos, eu estava em Londres a tocar com uns amigos e ele veio também a algumas sessões. Só isso.

Porque não toca também com George Harrison, Eric Clapton, Ringo Starr?
Não sei. Uma pessoa acaba por trabalhar com outros músicos. Eles muitas vezes também têm que fazer. George tem estado ocupado com o seu álbum, mas ainda ontem pensei nisso. Tenho de os convidar para tocar...

Porque não convida George Harrison para o seu novo álbum?
Por ti talvez o faça, Luís.

E Ringo Starr?
Ringo Starr também. Boa ideia.

O que pensa da música de hoje?
Depende de que tipo de música. Gosto de algumas, de outras não. Hoje há muitos discos que soam todos ao mesmo, feitos com computadores. Também não gosto de canções pseudo-soul. Muitas coisas são maçadoras, mas gosto dos U2 e gosto muito de Prince. Prince é muito bom.

Hoje em dia, há muitos grupos influenciados pela música dos anos 60, como Jesus and Mary Chain, Dukes Of Stratosphear...
Sim, eu gosto disso e para mim é bom, porque se os grupos novos tocam música que tenha aver com os anos 60, eu sinto-me mais perto dos meus filhos. Deixa de haver aquele abismo que existia dantes entre pais e filhos. Assim é óptimo, porque se os meus filhos me falam dos anos 60, eu sei do que eles estão a falar.

E os seus filhos gostam da sua música? Das canções dos Beatles e das novas?
 Sim, a maior parte das vezes gostam. Eles são bons miúdos e, por isso, apoiam tudo o que faço. É como se eu fizesse parte de uma equipa de futebol, eles apoiam sempre a minha equipa. São óptimos e interessam-se imenso. Querem sempre saber em que posição os meus discos estão nos top, se subiram ou desceram. São óptimos.

Ainda tem os discos todos dos Beatles?
Não, nunca os coleccionei. Tu tens mais do que eu. Aliás, quero-os de volta, Luís. Quero-os de volta imediatamente.

Nunca! Este ano, "Let It Be" voltou ao primeiro lugar do top. Que sentiu?
Foi óptimo. Hoje em dia, é difícil fazer com que os discos de beneficência resultem. As pessoas começam a ficar um bocado fartas. Querem contribuir, mas já se sentem saturadas, por isso foi bom terem escolhido a minha canção "Let It Be". Foram eles que a escolheram, não fui eu. Vieram ter comigo e perguntaram se podiam utilizar a canção e eu disse que sim, que me sentia muito honrado. O disco foi feito para ajudar as famílias das vítimas do "ferryboat" e eu gosto muito de ajugar.

Quando pensa retirar-se?
Assim que acabe esta entrevista...

Por que assim?"
Chegaste" para mim, Luís. Estou completamente exausto! Vieste de lá tão longe, de Portugal, para arruinar a minha carreira... Como vou poder aparecer na televisão portuguesa depois desta entrevista? Já ninguém quer saber mais de mim.

Quando vai tocar a Portugal? Nunca o fez...
Era bom, não era? Eu gostava...

Eu trato disso...
Tratas? Em tua casa?

Sim, em minha casa...
Com o António e o João Pedro ? (filhos do autor)

Depois de todos estes anos, ainda lhe é fácil compôr?
 Bem, já não é tão fácil, porque, ao princípio, quando tocava um simples acorde na guitarra, ouvia muita música, porque tudo era novo, coisas ainda não conhecidas. Ao fim de alguns anos, a mina esgota-se. Toco um acorde e, como já fiz muitas canções com ele, tenho de procurar novas combinações, o que torna as coisas um pouco mais difíceis. Mas eu continuo a gostar de compôr, apesar de se ter tornado um pouco mais complexo.

Li num jornal que trabalha 30 horas por semana e que ganha mais do que a Rainha e Margaret Thatcher...
Qualquer pessoa ganha mais do que ela...

O que faz a tanto dinheiro?
O que faço ao dinheiro? Ponho-o no banco... Não, faço imensas coisas: obras de beneficência, tenho uma família para sustentar, tenho a minha mulher e, como tu sabes, as mulheres gastam muito dinheiro!

Porque não compra as canções dos Beatles a Michael Jackson?
Não se trata de uma questão de dinheiro. Para as comprar, teria de o fazer em conjunto com Yoko...

Ainda não conseguiu um bom relacionamento com Yoko?
Tenho um bom relacionamento com Yoko, mas não muito íntimo. Falo com ela, damo-nos bem, mas ela vive em Nova Iorque. E não a vejo muito. Gosto dela, ela é simpática, mas o nosso relacionamento não é muito estreito. Afinal, não foi comigo que ela casou.

Conhece os discos de Julian Lennon?
 Sim. Ele é muito bom. Gosto dele. Era muito pequeno quando o conheci...

...escreveu "Hey Jude" para ele...
É verdade. Ele é muito bom, gosto da sua voz...

... é parecida com a de John Lennon...
Sim, às vezes é muito parecida com a de John, mas eu gosto mais quando ele canta no seu próprio estilo. Acho que ele devia desenvolver mais essa faceta, mas se alguém tem o direito de cantar como John é o seu filho.

Já tem título para o seu novo álbum?
Já. Vai chamar-se "A Minha Entrevista Com O Luís". Será um álbum conceptual. "O dia em que eu conheci o Luís".

Qual é para si o pior disco dos Beatles?
Não há. Não há discos piores dos Beatles. Gosto de quase tudo o que fizémos.

Não quer cantar "Love Me Do", por exemplo?
Não, é impossível!

Por quê?
Porque teríamos de assinar um contrato. Teria de negociar contigo...

Isso arranja-se!
Quando fôr a tua casa, canto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Orquestra Sinfônica de Sergipe apresenta Beatles in Concert

Nesta quinta-feira (10) a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) apresenta o projeto Beatles in Concert a partir das 20h30, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju (SE). Esta edição terá como convidados e direção do maestro James Bertisch, que é mestre em Execução Musical pela Universidade Federal da Bahia e fez parte da banda paranaense Metralhas Beatles Again.

A orquestra vai apresentará os maiores sucessos dos Beatles, entre os quais destacam-se Yesterday, Here comes the Sun, Eleanor Rigby e All you Need is Love. “Além de trazer de volta as grandes realizações dos Beatles, esta proposta oferece para a produção da Orsse e para o Teatro Tobias Barreto importantes artistas do panorama musical sergipano. Trata-se de uma grande celebração musical”, comentou diretor artístico da Orsse, Maestro Guilherme Mannis.

Entre os convidados desta edição, destacam-se o Coro da Universidade Federal de Sergipe (CorUFS) com regência de Daniel Nery, a banda Sargento Mostarda, Oswaldo Gomes (grupo Cataluzes) e Gustavo Mattos, além da participação especial da banda Plástico Lunar.

Os ingressos R$20 [estudantes, melhor idade e professores] e R$40 estão disponíveis apenas na bilheteria do Teatro Tobias Barreto.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Banda Sgt. Pepper estréia no Restaurante Porto Real (BH) nesse sábado

Depois de muito ensaio, acontece nesse Sábado, 12 de novembro, às 21h, a estréia da banda cover Sgt. Pepper, de Belo Horizonte. O debut vai acontecer no Restaurante Porto Real (Av Getulio Vargas 900 - BH). Não percam, é som de primeira!

domingo, 6 de novembro de 2016

Música de Paul McCartney foi questão no ENEM 2016


Uma música de Paul McCartney virou questão na prova de inglês do ENEM realizada nesse domingo, 06 de novembro. Foi "Ebony and Ivory", grande sucesso dos anos 80, cantada em dupla com Stevie Wonder.

"Ebony and Ivory" é um single de Paul McCartney e Stevie Wonder, lançado em março de 1982. A canção é sobre o ébano (preto) e marfim (branco) das teclas de piano, mas também tem a ver com a integração e harmonia racial, de maneira mais profunda. O título foi inspirado por McCartney ao ouvir Spike Milligan dizer "notas pretas, notas brancas, e você precisa tocar as duas pra fazer harmonia, gente!". A canção está no álbum Tug of War, distribuído no mesmo ano. A faixa chegou ao número um nas paradas do Reino Unido.



Embora escrita por McCartney, a canção foi gravada ao vivo no estúdio pelo cantor, juntamente a Stevie Wonder. No entanto, devido a conflitos de horário de trabalho, ambos gravaram suas partes no vídeo musical separadamente (como é explicado por Paul em The McCartney Years).

"Ebony and Ivory" ficou durante sete semanas na primeira posição do Billboard Hot 100, e foi o quarto maior hit de 1982. Para McCartney, a canção atingiu o topo das paradas de qualquer obra sua pós-Beatles, e a segunda mais longa da carreira (atrás de "Hey Jude" com os Beatles); para Wonder, foi o seu mais antigo executado chart-topper. A canção passou cinco semanas no topo da adult contemporary chart.

Passados 28 anos da música ter sido lançada, Paul McCartney e Stevie Wonder finalmente a interpretam juntos num espetáculo na Casa Branca em frente a uma plateia, na qual estão presentes diversas personalidades, como o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. (Fonte: Wikipedia)

Curta a música nos dois momentos citados acima (clipe dos anos 80 e na Casa Branca):

sábado, 5 de novembro de 2016

Almoço histórico entre três feras da Beatlemania mineira


No restaurante do Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte aconteceu um encontro histórico, entre os criadores das três bandas mais antigas e importantes bandas cover dos Beatles de Minas Gerais. Eduardo Gallo (Hocus Pocus), Jô Rocha (Sgt. Pepper's Band) e Aggeu Marques (The Yesterdays, também criador da BH Beatle Week) almoçaram juntos, num momento muito bacana, onde foram recordadas várias histórias e planejado o evento BH Beatle Christmas, que acontece em dezembro no Ouro Minas Hotel. Por incrível que pareça, foi a primeira vez que acontece esse encontro, aguardado há décadas pelos beatlemaníacos mineiros.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Ouça o Programa Beatlemania #29, com Ed Cochran e muito mais

O Programa Beatlemania, produzido e apresentado por Beto Neves, da banda Beatles Again (Araraquara/SP), estreia mais um episódio aqui no Portal Beatles Brasil. Neste programa, o Beatlemania #29, você pode ouvir sobre Eddie Cochran, na seção História e influências dos Beatles, Beatles cantado em francês, músicas de “Ringorama” no Álbum do Dia, banda Beatles Again ao vivo, e muito mais. E dá pra baixar o programa também, para quem quiser!

Orquestra Ouro Preto toca Alceu e Beatles na arena do BH Hall

Dois concertos antológicos do grupo serão apresentados no BH Hall: Valencianas (2011), dedicado a Alceu Valença – com direito ao pernambucano no palco –, e The Beatles (2012), voltado para as criações do quarteto de Liverpool.

Nos dois casos, ouve-se música executada com surpreendente rigor, além de inventividade. Os exemplos da perícia do grupo ouro-pretano são muitos. Pode ser a manutenção do solo de guitarra de George Harrison em Something, que toca fundo na emoção. Ou a cuidadosa seleção do repertório de Alceu Valença, revelando a rica trama de elementos populares e eruditos que ilumina os fundamentos da música feita no Brasil.

“Do ponto de vista melódico e rítmico, Alceu é um dos grandes artistas brasileiros. A orquestração mostra como ele é erudito”, explica o maestro Rodrigo Toffolo.

JOVENS O concerto dedicado aos Beatles foi imaginado para chamar a atenção, especialmente, da juventude ouro-pretana para a música instrumental. “Foi uma forma de tirar um pouco os estudantes das repúblicas onde eles moram”, conta Toffolo. “A música dos Beatles é universal”, afirma, lembrando que impressiona a banda ter acabado em 1970 e ser ouvida até hoje.

“São melodias fortes, você ouve e sai assobiando”, diz o maestro, explicando que a potência da obra de Mozart ou Schubert também está nesse aspecto.

O uso da guitarra elétrica em Something tem explicação singela: “É mais do que um solo, a música é isso. Não consigo conceber essa composição sem esse solo”. O maestro revela que o pop rock faz parte da formação pessoal dele. Às vezes, Rodrigo até fantasia tocar Metallica. E acredita que composições do Nirvana merecem ser usadas durante as aulas nas escolas de música.

Toffolo conta que a Orquestra Ouro Preto tem analisado a hipótese de fazer concertos voltados para o rock brasileiro. “Um baiano danado que faz rock de grande qualidade merecia ser revisitado”, observa, com bom humor, sem adiantar nomes. Raul Seixas agradece...

SONORIZAÇÃO 
A escolha do BH Hall, onde o grupo já tocou, veio do fato de Valencianas e The Beatles atraírem grandes plateias. Em Vitória (ES), a orquestra se apresentou para 4 mil pessoas. Vem daí o contato com arenas, palcos quase exclusivos de artistas pop.

Toffolo sabe da fama do som ruim do BH Hall. Por isso mesmo, foi convocada a empresa Murillo Correia Som e Luz, especializada em sonorização para orquestras. “Estamos colaborando para a criação de um novo pensamento sobre esses espaços, dando a eles tratamento acústico adequado de forma que possam receber orquestras. Nós somos o nosso som”, conclui Rodrigo Toffolo.

ORQUESTRA OURO PRETO
The Beatles e Valencianas (com Alceu Valença). Amanhã, às 21h30. BH Hall, Av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 3209-8989. Arquibancada: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia-entrada). Mesas: R$ 440 (quatro lugares) e R$ 520 (especial).